Os aplicativos de transporte tiveram posições divergentes com relação ao aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras na semana passada. Enquanto a 99 informou um aumento no ganho dos condutores, em 5%, a Uber comunicou um reajuste de 6,5% nos valores cobrados nas corridas dos usuários a partir desta semana, e repassados integralmente aos motoristas.
Na quinta-feira, 10, a estatal divulgou um reajuste de 18,7% para a gasolina, 24,9% no diesel e 16% no gás liquefeito de petróleo (GLP). A gasolina subiu em 20 unidades da federação, e o etanol hidratado, que compete com o derivado fóssil nas bombas, em 13 e no Distrito Federal.
Em nota, a 99 informou que reajustou em 5% o quilômetro rodado no ganho dos condutores. Segundo a empresa, o reajuste vai entrar em vigor nos próximos dias nas 1.600 cidades onde o aplicativo tem operação no Brasil. A operadora, no mesmo comunicado, informou que o reajuste não vai impactar no preço pago pelos passageiros nas corridas, no momento.
“Paralelamente, a plataforma está testando uma solução de subsídio para acompanhar automaticamente as flutuações dos combustíveis, tanto para cima quanto para baixo. Após os testes, o novo recurso teria o potencial de trazer ainda mais transparência e segurança aos parceiros”, diz a 99.
A Uber informou que vai aumentar em 6,5% o valor das corridas de forma temporária. Segundo comunicado divulgado pelo aplicativo de transportes, o aumento faz parte de um pacote de R$ 100 milhões “em iniciativas voltadas ao aumento nos ganhos e redução dos custos dos nossos parceiros”.
“Sabemos que motoristas estão entre os primeiros a sentir o impacto dos preços recordes dos combustíveis, então estamos implementando essas iniciativas para ajudá-los. Esperamos que essas ações emergenciais colaborem para reduzir os impactos no dia a dia, mas continuaremos ouvindo nossos parceiros, especialmente neste momento”, afirma Silvia Penna, diretora-geral da Uber no Brasil.