Quatro anos após assassinatos, ato cobra justiça para Marielle e Anderson no Rio

Manifestação ocorreu em frente à Câmara dos Vereadores, no centro do Rio, nesta segunda-feira

Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio

Quatro anos após os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um ato público em frente à Câmara dos Vereadores, no centro do Rio, cobrou por justiça para o caso, nesta segunda-feira.

Uma missa, na manhã de hoje, na Igreja da Candelária, no centro do Rio, também lembrou os quatro anos do assassinato de Marielle e Anderson. Participaram da celebração familiares e amigos da vereadora.

O pai de Marielle, Antônio Francisco da Silva Neto, lembrou a atuação da vereadora de “dar voz a quem não tem voz”. “Quatro anos se passaram e ainda não temos a resposta que tanto nós, família de Marielle, e a sociedade, quer: quem são os mandantes e por que mataram Marielle. Esse crime não pode ficar sem resposta”, afirmou Antônio.

“Além de perguntar quem mandou matar Marielle e por que, devemos perguntar a quem interessa que o caso da Marielle não seja elucidado. A gente sabe que, infelizmente, foi um crime muito sofisticado, muito bem executado, mas a gente também sabe que não há crime sem resposta”, disse a viúva de Marielle, Mônica Benício.

As investigações sobre o crime prosseguem, a fim de que sejam apontados os mandantes e a motivação para o atentado ocorrido em 2018. A força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que, nos últimos três meses, colheu novos depoimentos que podem ajudar na apuração.

O policial militar reformado Ronnie Lessa, e o ex-policial Élcio Queiroz, acusados de executar o crime, seguem presos. A Justiça decidiu que os dois vão a júri popular, mas ambos recorreram.

Quinta vereadora mais votada do Rio, Marielle Franco morreu executada com quatro tiros ao sair de um evento na Casa das Pretas, localizada na Lapa, região central do Rio, no dia 14 de março de 2018. Imagens de câmeras de segurança registraram o início da perseguição de um veículo prata ao carro da parlamentar. No entanto, os disparos foram feitos em uma rua onde não havia sistema de monitoramento.

Até o momento, a arma usada no crime segue desaparecida. Uma denúncia revelou que os executores  lançaram o armamento ao mar na Barra da Tijuca, na zona Oeste. Em desdobramento das investigações, a esposa e o cunhado de Ronnie Lessa foram presos, além de outras duas pessoas, por atrapalhar a apuração.