Entidades empresariais vão debater consequências do reajuste dos combustíveis

Foto: Alina Souza / CP Memória

A reação do meio empresarial não poderia ser outra. A contrariedade com o mega aumento da dos combustíveis anunciado pela Petrobras, de 18,7% para a gasolina, 24,9% no diesel e 16% no gás liquefeito de petróleo (GLP), fez com que a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) marcasse para segunda-feira, 14, uma reunião em que a pauta principal será a paralisação de obras de terraplanagem em todo o país.

Isso porque esse perfil de obra exige um alto consumo de diesel e do asfalto. E os contratos com o poder público só podem ser alterados anualmente, o que poderá proporcionar uma desigualdade para algumas empresas.

Entre as transportadoras, o cenário só piorou. Negociando uma recomposição de 50% nos preços praticados, ainda referente a 2021, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística estima que o aumento anunciado de 24,9%no diesel, significa um reajuste de 8,75% do setor, e aumenta para 29% a defasagem na carga fracionado, e 39% na carga total. Uma reunião setorial está sendo marcada.

Para os economistas, o reajuste nos preços dos combustíveis, anunciado nesta quinta-feira pela Petrobrás de 18,7% para a gasolina, 24,9% no diesel e 16% no gás liquefeito de petróleo (GLP), vai impactar na medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), algo em torno dos 0,6%. A expectativa é de que o indicador sobe de 6,2% para 7,5%.