O governo parece ganhar tempo na busca de uma solução para conter o preço dos combustíveis em função do cenário mundial de aumento dos preços do petróleo devido à guerra na Ucrânia. Os indicativos são de que o a aposta é nos projetos de redução de impostos que tramitam no Congresso e que tratam da redução de impostos. Mas isso não significa ter o abandono da disposição do subsídio temporário da Petrobras.
Isso porque o custo mensal do subsídio é estimado em R$ 12 bilhões e requer analisar uma série de possibilidades.
Além dos projetos de redução de impostos e do subsídio, há uma outra alternativa: “parcelar” o reajuste ganhando tempo para encontrar uma outra solução mais duradoura até uma possível normalização do mercado internacional. Mas, nem toda solução afasta uma ameaça apontada pelo presidente da Petrobras Joaquim Silva e Luna.
O executivo tem apontado para um risco de desabastecimento em um quadro de preços artificiais, principalmente no diesel que tem um grande volume de importação. São 300 navios de óleo diesel por ano e uma média de 1,5 bilhão de litros por mês.
A Ipiranga sinalizou que os riscos são reais. A companhia anunciou a adoção de um controle na venda do diesel, com definição de prioridade para os revendedores da companhia. A justificativa é “garantir o suprimento competitivo”.