A pedido de Moscou, o Conselho de Segurança da ONU se reúne, em caráter de emergência, nesta sexta-feira, para debater a suposta produção de armas químicas na Ucrânia.
A Rússia acusa ucranianos e norte-americanos de administrar laboratórios para produzir armas químicas no país vizinho, o que ambos os governos desmentem.
Moscou já havia acusado os Estados Unidos em 2018 de realizar secretamente experimentos químicos em um laboratório na Geórgia, outra ex-república soviética que, como a Ucrânia, quer ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e na União Europeia.
Desde ontem, os Estados Unidos e o Reino Unido vêm alegando o contrário: que a Rússia pode ter usado armas químicas na Ucrânia. “A recente torrente de mentiras da Rússia, na tentativa de justificar a guerra premeditada e injustificada contra a Ucrânia, deve deixar claro, de uma vez por todas, que não se pode confiar na Rússia para falar sobre o uso de armas químicas na Síria”, apontou o vice-embaixador dos EUA, Richard Mills.
Durante os últimos dez dias, “a Rússia continuou sua guerra de agressão contra a Ucrânia, sitiando cidades, matando civis indiscriminadamente e forçando milhões de pessoas a fugir por segurança”, acusou o embaixador britânico James Kariuki. “Os paralelos com a ação russa na Síria são claros” e “a comparação se estende também às armas químicas, pois vemos o conhecido espectro da desinformação russa”, acrescentou.