O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (8) o banimento do petróleo da Rússia no país. “A medida foi tomada junto com nossos aliados para responder a essa agressão russa”, explicou. A suspensão aumenta a lista de sanções que já foram implementadas pelos países do Ocidente contra o governo do presidente Vladimir Putin desde a invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro. Cerca de 8% do petróleo do país atualmente é comprado da Rússia.
O presidente americano pediu a ajuda dos empresários do país para evitarem a subida exagerada dos preços. “Não é hora de lucros exorbitantes”, disse.
“Na verdade, desde que Putin entrou na Ucrânia o preço da gasolina já subiu 0,75 dólares nos Estados Unidos, e vamos fazer de tudo para que ele não continue prejudicando nossa economia”, comentou Biden. “Vou fazer de tudo para pressionar Putin”, justificou.
Após a declaração dos EUA, espera-se agora o pronunciamento de outros chefes de Estado, vários deles mais dependentes do petróleo russo. A medida de banir o petróleo russo vinha sendo estudada por técnicos e integrantes do governo americano e representantes de outros países do mundo. O temor era o impacto que a decisão poderia ter na economia global.
Nos últimos dias, representantes do governo Biden foram à Venezuela checar se o país poderia ajudar a controlar os estoques mundiais de petróleo com a saída da Rússia. Antes do pronunciamento de Biden, o preço do barril de petróleo brent avançava acima de US$ 131. Antes do início da invasão russa, em 24 de fevereiro, o valor, que já era considerado alto, estava pouco acima de US$ 90.