Antiga sede da SSP é implodida neste domingo na capital

Detonação dos explosivos aconteceu às 09h00 e o esqueleto do prédio queimado foi ao chão em menos de 1 minuto. Ninguém ficou ferido

Foto: Ana Carolina Aguiar / Rádio Guaíba

Na manhã deste domingo, após oito meses do incêndio que destruiu o edifício sede da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, foi realizada a implosão dos escombros remanescentes da estrutura. O governador do estado em exercício, Ranolfo Vieira Júnior, celebrou a precisão de toda a operação que não deixou feridos ou danificou nenhuma estrutura vizinha ao local, na R. Voluntários da Pátria, nº 1358.

Ao todo, 200 quilos de explosivos foram usados na ação que resultou em 20 toneladas de escombros que serão retirados ao longo do mês de março do local. Quem acessa a capital pela Rua Castelo Branco ainda poderá observar que parte da estrutura segue em pé, mas não por muito tempo. A visível viga não foi demolida na ação desta manhã de domingo por apresentar um “risco desequilíbrio” ao terreno e, por decisão da equipe que trabalhou na implosão, será retirada do terreno de forma manual.

“Essa parede remanescente terá uma intervenção que chamamos de demolição convencional, com o uso de máquinas e cabos de aço. É uma ação muito tranquila, comparável a ‘tirar pirulito da boca de uma criança’. O desafio maior desafio que nós vivenciamos aqui, foi em relação as pessoas, sendo que ninguém ficou ferido e tudo correu bem”, esclareceu o engenheiro responsável pela implosão Manoel Jorge Diniz Dias, da empresa FBI Demolidora.

“A implosão é uma manobra como outra qualquer da engenharia e aqui foi feita com responsabilidade, apoio dos órgãos públicos e excelência na operação. O meu testemunho é de sucesso”, completou Diniz Dias. A retira do entulho não deverá causar problemas ou bloqueis no trânsito de Porto Alegre pelos próximos 45 dias, prazo para o fim desta etapa de limpeza do terreno no planejamento do governo estadual.

O destino do espaço localizado no centro da cidade ainda é incerto. Em coletiva Ranolfo Vieira Júnior, também titular da pasta da Segurança Pública do Estado, afirmou que que três opções são avaliadas pelo governo. São elas; a construção de um novo prédio para a SSP; efetuar uma permuta da área por outro terreno onde se possa erguer uma nova sede para o órgão; ou ainda trocar o espaço por uma área já edificada.

O prefeito Sebastião Melo, que esteve presente no Cais do Porto Mauá, no local onde uma comitiva do poder executivo municipal e estadual acompanhou a implosão, se mostrou a disposição para negociar o futuro do terreno. “Quero dizer aqui o que já disse ao governador do Estado. Nós temos um projeto para o quatro distrito, sob a coordenação do Ricardo Gomes (vice-prefeito de Porto Alegre), que deverá chegar a Câmara de Vereadores em abril, que vai valorar muito mais essa área. Então, o governo do estado poderia retardar um pouco essa tomada de decisão porque teremos uma valoração significativa deste região”, antecipou o mandatário. Melo também manifestou abertamente o interesse de Porto Alegre em negociar um novo terminal metropolitano para a cidade no espaço.

Mobilidade urbana 

Após 45 minutos da implosão, as vias que dão acesso a entrada e saída da capital foram liberadas e o trânsito voltou a fluir nas Avenidas Mauá, Castelo Branco e Voluntários da Pátria. O acesso a Rodoviária de Porto Alegre também foi liberado ao meio-dia deste domingo. Até o horário um terminal temporário foi disponibilizado aos viajantes no Terminal Conceição. As operações do Trensurb ainda não foram retomadas por questões relacionadas a limpeza dos trilhos e a inspeção na rede aérea que ainda não foram concluídas.