Por conta da pandemia, as festas de Carnaval nas 23 cidades de abrangência da Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte) foram canceladas. Além da folia estar proibida em vias públicas, ajuntamentos de pessoas não são recomendados por especialistas da saúde e gestores públicos. Contudo, o desrespeito às normas vigentes de segurança segue acontecendo na beira da praia, trazendo a impressão que a Covid-19 foi derrotada.
A reportagem percorreu trechos da orla do Litoral Norte na noite do último sábado de folia, e, se é verdade que havia aglomeração somente na orla em Capão da Canoa, foi difícil ver a calçada por sua alta densidade. A Brigada Militar (BM) até realizou a fiscalização no local, o que mesmo assim parece não intimidar os mais incautos, jovens, em sua grande maioria, entorpecidos pelas bebidas e pelo som alto que saem de caixas trazidas por eles próprios. A própria BM confirmou que houve festas registradas em outras praias, como Curumim, Torres, Arroio do Sal e Xangri-lá.
“Estamos acompanhando todas estas concentrações. Sabemos que houve festas em diversos municípios, e quando passa a haver algum tipo de crime ou delito, intervimos, dependendo da situação e com a devida força proporcional a ela”, disse o tenente-coronel. Conforme ele, na última sexta, na orla de Capão, houve um confronto também por volta das 3 horas da manhã. Durante a confusão, soldados foram atingidos por garrafadas. Nesta ocasião, inclusive o Batalhão de Choque da BM foi acionado para dispersar os tumultos, com o uso de gás lacrimogêneo.