Samarco assina termo para eliminação de barragem em Minas Gerais

Mineradora é responsável por estrutura do tipo a montante em Mariana

Foto: Samarco / Divulgação

A mineradora Samarco, dona da barragem que rompeu em Mariana, matando 19 pessoas, informou que assinou o termo em que se compromete a eliminar as estruturas do tipo a montante sob sua responsabilidade. A empresa era uma das cinco instituições que não tinham se comprometido a descaracterizar o mais breve possível os reservatórios construídos com essa tecnologia.

Segundo a mineradora, o compromisso foi firmado com o Governo de Minas Gerais, nessa sexta-feira (25), para o desmonte da barragem e da cava do Germano, em Mariana, a 113 km de Belo Horizonte. Por meio de nota, a Samarco informou que as obras de descaracterização das estruturas já estão em estágio avançado e “são acompanhadas mensalmente pelo Ministério Público de Minas Gerais por meio de auditoria independente especializada, atendendo às normas estaduais e federais vigentes”.

De acordo com MP, quatro empresas ainda não assinaram o acordo. São elas: Fortaleza de Minas, MGB, Mosaic e Minar. A reportagem entrou em contato com as instituições, mas não obteve retorno até o momento.

Mar de Lama Nunca Mais

O prazo oficial para o fim das barragens a montante em Minas Gerais acabou nessa sexta-feira, mas 41 empresas não conseguiram cumprir o tempo determinado pela lei estadual “Mar de Lama Nunca Mais”. Diante da situação, órgãos estaduais e federais anunciaram, na última quinta-feira, um acordo para que as mineradoras tenham mais tempo para concluir o serviço, desde que garantam o fim das estruturas.

As empresas também vão pagar ao governo uma multa. Até o momento, o montante soma R$324 milhões. Destes, R$236 milhões são da Vale.