Nesta quinta-feira(24), a Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) decidiu ampliar o raio de ação para aplicação de inseticida na zona Leste de Porto Alegre. A ação acontece em decorrência da confirmação de mais dois casos de dengue autóctones na cidade, um contraído no bairro Bom Jesus e outro no Jardim Carvalho. Hoje as equipes da DVS estarão realizando três bloqueios químicos de transmissão, através do uso de inseticida, a partir das 8h30. A primeira aplicação será no Morro Santana – onde foi registrado o primeiro caso desta série -, a segunda no bairro Bom Jesus e a última no Jardim Carvalho (confira os locais abaixo).
No Morro Santana, não há armadilhas de monitoramento do mosquito Aedes aegypti instaladas. Por isso, após confirmação do caso no local, os agentes de combate a endemias percorreram a região em um raio de 150 metros a partir do local onde o paciente confirmado para doença passou pelo chamado período de viremia- quando o vírus circula no organismo aumentando o risco de transmissão viral -.
No trabalho, foram vistoriados 93 imóveis, com identificação e eliminação de 81 criadouros de mosquitos e seis coletas de larvas que foram encaminhadas para identificação no Laboratório de Entomologia Médica da DVS. Das seis coletas, cinco continham larvas de Aedes aegypti. O índice de infestação predial (IIP) ficou em 5% (cinco casas positivas em 93 analisadas). Esse valor, para o IIP, representa risco elevado para transmissão viral.
Nos bairros Bom Jesus e Jardim Carvalho, há armadilhas de monitoramento instaladas. De acordo com os dados deste monitoramento, no período de início dos sintomas dos dois pacientes com exames confirmados para dengue, as armadilhas apresentaram diferentes índices de infestação.
No bairro Jardim Carvalho, a armadilha estava amarela na semana epidemiológica 7 (13 a 19 de fevereiro), com infestação média. A armadilha mais próxima do local provável de infecção no bairro Bom Jesus na mesma semana apresentou índice de infestação elevado, aumentando o risco de transmissão viral na região.
“A intenção das operações é diminuir a população de mosquitos adultos, diminuindo, dessa forma, o risco de transmissão do vírus pela picada de uma fêmea do inseto. A fêmea do Aedes aegypti pica seres humanos porque precisa de sangue para desenvolver os ovos. Se uma pessoa infectada com a dengue for picada, o vírus passará para o mosquito e depois de alguns dias o inseto transmitirá o vírus para outras pessoas, pela picada”, destaca o gerente da Unidade de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Alex Lamas.
Os locais de aplicação de inseticida
Morro Santana – 9h
– Ruas Parlamento (ponto de partida); Quatro mil e Cinquenta e dois e Quatro Mil e Cinquenta e três e Albert Roberts Jr.;
– parte das ruas Eurico da Costa Gama, Mário Juarez de Oliveira, Carlos Fonseca Amador, Carlos Berlinzoni; quatro mil e Cinquenta e Quatro; Onofre Pereira Maciel; e Faixa Cidadão.
Rua José Madrid – bairro Bom Jesus (após o término da primeira operação)
– Parte da rua José Madrid e das ruas H, 2, 4, 5, 6, 8, 10
Rua Bem-Te-Vi – Jardim Carvalho
-Parte das ruas Carlos Rivaci Sperotto, Pardal, Uirapuru, Falcão, Andorinhas e Cefer 1 (1, 10, 11 e 12).