Invasão da Rússia à Ucrânia: Lira pede paz e caminho diplomático

Presidente da Câmara dos Deputados disse que o mundo já enfrenta o luto de milhões de perdas da pandemia de Covid-19

Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados

Em meio à invasão da Rússia à Ucrânia, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quarta-feira, que “que as duas nações devem buscar “caminhos diplomáticos” para superar divergências. “O mundo já enfrenta o luto de milhões de perdas da pandemia de Covid-19. À medida que voltamos à normalidade, assistimos uma escalada sem precedentes entre Rússia e Ucrânia. Neste momento, precisamos de paz, entendimento e que as duas nações busquem os caminhos diplomáticos”, escreveu Lira nas redes sociais.

O presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o assunto. O mandatário falou com apoiadores no Palácio do Alvorada, em Brasília, e depois participou de uma cerimônia no interior de São Paulo e em nenhuma das duas ocasiões fez referência à invasão. Bolsonaro se encontrou na semana passada com o presidente Vladimir Putin, em Moscou.

Já o vice-presidente Hamilton Mourão disse que o Brasil não está neutro em relação ao ataque russo sobre a Ucrânia e que “deixou muito claro que respeita a soberania” do país invadido. “Então o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano.”

Ataque
Mais cedo, o presidente Vladimir Putin, anunciou que autorizou uma operação militar no leste da Ucrânia. Em pronunciamento, o russo afirmou que a ação visa desmilitarizar o país vizinho, mas não ocupá-lo. De acordo com Putin, a operação quer proteger a região de Donbas, no leste do país. Apesar da declaração do presidente russo, correspondentes de agências internacionais relatam diversas explosões na capital Kiev.

Putin alertou, ainda, que aqueles que “tentam interferir devem saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências que nunca conheceram”.

Em resposta à invasão, o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, decretou lei marcial no país. Pela decisão, o governo substitui todas as leis e autoridades civis por leis militares – a medida normalmente é implantada em reação a cenários de extremo conflito e a crises civis e políticas.

Zelenski comparou, também, as ações de Putin com a Ucrânia com a Alemanha contra os judeus na Segunda Guerra Mundial. Além disso, o presidente incentivou que a população saia às ruas com armas para defender o país.