Os deputados federais aprovaram, no início da madrugada desta quinta-feira, a legalização de jogos por 246 votos favoráveis, 202 contrários e três abstenções. O projeto, que estava tramitando há três décadas no Congresso, dividiu opiniões e gerou manifestações acaloradas na tribuna. O texto ainda precisa ser analisado no Senado e depois ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor.
Favoráveis ao texto, usaram como argumento o fato de o setor do turismo ganhar com a legalização dos jogos. Também citaram que o jogo já seria liberado no país e, que com a lei, haverá controle e tributação.
Para o deputado Patrus Ananias (PT-MG), no entanto, a proposta pode transformar o Brasil em um grande cassino e deixá-lo “de portas abertas para a criminalidade e a corrupção”. O PT e a Frente Parlamentar Evangélica fizeram obstrução à proposta.
As críticas foram rebatidas pelo deputado Giovani Cherini (PL-RS). “Será que é o jogo do bicho que vai trazer o crime organizado? O crime organizado já não está no Brasil? A bandidagem já não está no Brasil? E aqui não há jogo! O Brasil é um dos poucos países do mundo que não têm jogo oficial”, declarou.
