Romildo volta ao tabuleiro da disputa ao governo do Rio Grande do Sul

Apesar do desempenho do Grêmio, nome do presidente do clube segue em alta

Romildo Bolzan Júnior | Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA / CP

A política e seu belo dinamismo. Após ser considerado carta completamente fora do baralho na disputa ao Piratini, com a queda do Grêmio para a segunda divisão, o nome do presidente do tricolor, Romildo Bolzan Júnior, voltou à mesa. Um dos fatores que mais está pesando são pesquisas internas de intenções de voto que o PDT vem realizando desde o ano passado. A constatação, de acordo com o último levantamento, foi a de que o desempenho eleitoral de Bolzan não foi atingido pela queda do Grêmio. Na próxima semana, o partido dará início à realização de pesquisas qualitativas.

Também pesam no contexto a proximidade de Bolzan com Ciro Gomes, pré-candidato trabalhista ao Planalto. A avaliação é a de que Bolzan, que é o nome preferido de 10 entre 10 trabalhistas, é o melhor para construir um palanque forte para o presidenciável no Rio Grande do Sul, estado considerado estratégico. O cenário estaria tendo reflexos sobre Bolzan, candidato dos sonhos do PDT.

Até aqui, o presidente gremista vinha afirmando, publicamente, que terminaria seu mandato no comando do clube, que encerra-se em dezembro de 2022. O prazo estabelecido internamente no partido para confirmar a pré-candidatura de Bolzan ao Piratini é final de março. Caso a costura se confirme, não há definição sobre sua data de desligamento do Grêmio, que é uma instituição privada, mas que recebe recursos e patrocínios públicos.

Juridicamente, é grande a controvérsia sobre a necessidade de desincompatibilização dele em abril, como estabelece a legislação eleitoral para os demais candidatos que ocupam cargos públicos. Se a candidatura preferencial não se confirmar, o PDT já conta com um plano B: Vieira da Cunha assumirá a tarefa.