Braço direito de Eduardo Leite se filia ao PSD

Filiação de Agostinho Meirelles ocorre no momento em que o ingresso do governador no partido é discutida

Agostinho Meirelles entre a presidente estadual da sigla, Leticia Vargas, e o prefeito Jairo Jorge (Canoas) | Foto: Fernanda Bassôa / Correio do Povo

Braço direito do governador Eduardo Leite (PSDB), o secretário estadual Agostinho Meirelles assinou na noite desta quarta-feira ficha de filiação junto ao Partido Social Democrático (PSD), em solenidade realizada na sede do partido em Canoas, na Região Metropolitana. Meirelles, que comanda a secretaria estadual de Apoio à Gestão Administrativa e Política, é considerado um dos principais articuladores políticos do governador. A filiação ocorre no momento em que é dada como certa a entrada de Leite no PSD para disputar a presidência da República.

Ele disse que tem um histórico longo de parcerias e amizades dentro do partido, fatores que também motivaram a se filiar ao PSD. “Eu estava há quase um ano sem partido. Hoje, me sinto muito à vontade em vir para o PSD, pois sei que é um partido que vai apoiar o governador. Tem uma visão parecida com seu método de trabalho, com a condução política e com a questão de enxergar a todos.”

O secretário estadual disse que sua filiação não está relacionada às eleições presidenciais. “Esta é uma decisão solitária do governador. Uma decisão pessoal.” Em clima amistoso e um ambiente de total descontração, Meirelles demonstrou satisfação ao lodo dos novos colegas de partido.

Ele também ressaltou o desejo do partido em relação ao governador. “Termos o Eduardo Leite como nosso candidato a presidente (da República) é o nosso desejo. Já fizemos nosso convite. É um passo importante e desafiador. Agora é esperar.”

Mesmo diante da negativa do braço direito, o governador Eduardo Leite deve tomar o mesmo rumo. Na semana passada, Leite sinalizou que deve renunciar ao cargo de governador no final de março – uma exigência legal para que possa concorrer ao Palácio do Planalto. Da mesma forma, a saída do PSDB vem sendo avaliada por ele desde o fim de novembro, quando perdeu as prévias para o governador de São Paulo, João Doria, escolhido como pré-candidato da legenda para a disputa.

Confirmada a migração para o PSD, Eduardo Leite ganha uma candidatura presidencial e visibilidade nacional.