O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, declarou neste sábado, durante Conferência sobre Segurança em Munique, na Alemanha, que há “um grande perigo para o mundo” com uma possível invasão russa na Ucrânia.
“A Grã-Bretanha sempre defenderá a liberdade e a democracia em todo o mundo,” afirmou Johnson, conforme destacou o jornal The Guardian.
“Não devemos subestimar a gravidade do que está em jogo. Nós nos unimos para criar um pacote de sanções muito severas. Estamos preparando por meio da União Europeia. Se a Rússia invadir seu vizinho vamos fazer sanções a empresas de lá. Faremos com que eles não tenham acesso a dinheiro, principalmente por meio do mercado de Londres”, afirmou, de maneira enfática Johnson.
O primeiro-ministro afirmou que espera que a diplomacia seja bem-sucedida, mas o mundo precisa ser “inflexivelmente honesto” sobre a ameaça russa — e o enorme acúmulo de tropas e poder naval nas fronteiras da Ucrânia.
Também afirmou que o Reino Unido está pronto para defender a Ucrânia com o envio de navios, que soldados foram posicionados na Polônia e também podem prestar ajuda humanitária.
“Agora estamos estrelando uma geração de derramamento de sangue e miséria”, acrescentou, dizendo que a Rússia “não teria absolutamente nada a ganhar com esse empreendimento catastrófico e tudo a perder”. Johnson instou Moscou a diminuir as tensões antes que seja tarde demais.
Mais cedo, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que se a Rússia invadir novamente a Ucrânia, o mundo vai impor sanções econômicas “sem precedentes.” E que os americanos vão defender cada centímetro dos territórios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Exercício militar
O presidente russo, Vladimir Putin, lançou exercícios militares estratégicos envolvendo mísseis balísticos neste sábado em meio a tensões crescentes sobre a Ucrânia, disse o Kremlin.
As agências de notícias russas RIA Novosti e Interfax citaram o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, para confirmar o início das manobras, seguidas por Putin, a partir de Moscou, e pelo presidente bielorrusso Alexander Lukashenko.