Volume de investimento da indústria gaúcha é o maior desde 2014, revela Fiergs

Indústria. Foto: Agência Brasil/Arquivo

Após três anos sem grandes alterações e em baixos níveis, o número de empresas que voltaram a investir cresceu em 2021, para 72,5%, 8,7 pontos percentuais acima do ano passado (63,8%). O percentual é o maior desde 2014 (77,3%) e confirmou a pretensão de investir do início do ano pela primeira vez desde 2017.

A Pesquisa de Investimentos na Indústria 2021/2022, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, revela ainda que 74,7% das indústrias gaúchas devem realizar investimentos em 2022, 2,2 pontos percentuais acima de 2021 e o maior nível em oito anos. O levantamento foi realizado de 3 a 14 de janeiro de 2022, com 204 empresas no Rio Grande do Sul, sendo 39 pequenas, 67 médias e 98 grandes.

Grande parte dos investimentos de 2021 foi, mais uma vez, financiada com recursos próprios: em média, 70,0% do valor, 2,2 pontos percentuais abaixo de 2020 e vem diminuindo gradualmente desde 2018. Os bancos comerciais (públicos e privados) financiaram, em média, 19,0% e os bancos oficiais de desenvolvimento, 7,0% do valor total.

Sete em cada dez empresas que investiram em 2021, o fizeram na aquisição de máquinas e equipamentos novos e, 64,3% delas, na manutenção/atualização dos que estão em uso. Os investimentos em instalações continuaram sendo o terceiro tipo mais frequente em 2021: seis em cada dez empresas.

Para este ano, os três principais objetivos dos investimentos previstos serão a melhoria do processo produtivo atual, em 27,3% das empresas que planejam investir, o aumento da capacidade da linha atual (24,5%) e a manutenção da capacidade produtiva (23,8%).

Em 2022, a indústria gaúcha planeja investir majoritariamente na aquisição de máquinas e equipamentos novos (56,0% das empresas que pretendem investir), bem abaixo do realizado em 2021 (69,6%). Além disso, 43,3% das empresas devem investir na manutenção dos que estão em uso, o terceiro tipo mais assinalado. O investimento em instalações será a segunda forma mais frequente em 2022 (47,5% ante 58,1% em 2021).