Élcio Bento falou sobre a necessidade do produtor olhar para o mercado pela perspectiva da dinâmica de formação de preço, mas de uma forma racional. “No Brasil, o preço internacional, o câmbio e o abastecimento interno interferem na formação de preço”, disse. Segundo o consultor, estamos em um momento de distorção. “Sempre que isto ocorre, a safra seguinte apresenta uma retomada dos preços de acordo com a sazonalidade, ou seja, conforme se viu nos últimos 27 anos, a menor cotação ocorre em março e os maiores preços em janeiro”, observou.
Bento ainda alertou que não falta arroz no mundo e que há 16 países superavitários no grão, entre eles o Brasil, contra 87 deficitários. “A China estava entre os superavitários até a temporada anterior e hoje se encontra entre os deficitários, e o maior fornecedor global de arroz é a Índia”,afirmou.
Já sobre o maior concorrente do país, os Estados Unidos, Bento ressaltou que o cenário atual indica que falta arroz naquele país. Além disso, o superávit da América do Norte não é suficiente para abastecer a América Central e o Caribe. E concluiu dizendo que o arroz brasileiro pode estar subvalorizado quando se olha para o mercado internacional, mas que por conta da sazonalidade, o preço pode voltar para R$ 78 a saca, após uma queda para R$ 60 a saca.
A 32ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas segue até esta sexta-feira (18), na Estação Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS), em formato híbrido com atividades presenciais e on-line. A organização é da Federarroz com correalização da Embrapa e patrocínio Premium do Irga e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Informações podem ser obtidas pelo aplicativo Colheita do Arroz ou no site www.colheitadoarroz.com.br.