Kim processa 17 pessoas que o acusaram de apologia ao nazismo

Deputado federal nega ter defendido regime e sustenta que se tornou alvo de campanha difamatória

Foto: Divulgação / Câmara do Deputados

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) anunciou a abertura de ações judiciais contra 17 pessoas e quatro veículos de comunicação que retrataram declarações dele em relação ao nazismo. O parlamentar sustenta ter sido acusado falsamente de fazer apologia ao nazismo. Entre as pessoas processadas está o ex-deputado Jean Wyllys.

Em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, Kim afirmou que vem sendo alvo de “canceladores” e negou que tenha feito apologia ao regime liderado por Adolf Hitler. Em um dos episódios do Flow Podcast, Kim afirmou que acha errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo. Ele respondia a uma pergunta feita pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP).

Foram acionados judicialmente o deputado Ivan Valente (PSol-SP), a filósofa Márcia Tiburi, o historiador Jones Manoel, o jornalista Palmério Dória, o youtuber Henry Bugalho e os administradores dos perfis Rosa Conservadora, Senhora Rivotril, Família Direita Brasil, Bolso Regrets, Jornalismo Wando, Thiago Brasil, Marcello Neves, Veronica do @vedaytos, Flávia Maynarte, Dilmãe Tá On e Sergio Amadeu.

Kim também anunciou processos contra a Band News, The Intercept Brasil, Nexo Jornal e Blog da Cidadania. Em relação aos veículos de comunicação, ele pretende pedir direito de resposta e indenização.

Kim é autor do Projeto de Lei 2.471/2021 na Câmara, que “revoga os crimes contra a honra, mantendo somente a injúria qualificada pelo uso de elemento racial ou referente à idade ou condição de pessoa com deficiência”. Os crimes contra a honra envolvem calúnia, injúria e difamação, mecanismos usados pelo parlamentar nos processos que foram movidos contra quem o criticou.