A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, recusou a proposta feita pelo presidente Jair Bolsonaro de se candidatar ao Senado Federal pelo estado de São Paulo nas eleições de outubro. Ela se reuniu com o chefe do Executivo na última sexta-feira e, durante o encontro, disse não à oferta, feita por Bolsonaro em janeiro. O argumento usado pela ministra é de que há nomes com mais chances de serem eleitos pelo estado ao lado do ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), que deve tentar o Palácio dos Bandeirantes.
“Entendo que temos muitos nomes espetaculares em São Paulo, da nossa base, com muita chance de serem eleitos senadores e senadoras. Por isso, declinei o convite”, disse Damares ao R7.
De acordo com interlocutores, a ministra ainda analisa a possível candidatura ao Senado pelo Amapá, onde ela atua em projetos sociais e conta com popularidade. Recentemente, Damares também disse não ao convite de se filiar ao PTB, de Roberto Jefferson.
A ministra já disse que, se aceitar o desafio de concorrer e sair vitoriosa, quer ser a primeira mulher do Brasil a presidir o Senado “e propor, imediatamente, a reforma do Código Penal”. Segundo a ministra, que até então nunca teve a intenção de se candidatar, “precisamos melhorar as nossas penas e o sistema prisional”.
Recentemente, durante uma agenda pública em Porto Velho, capital de Rondônia, Bolsonaro afirmou que 11 atuais ministros de Estado disputarão as eleições de outubro e que 31 de março vai ser o “grande dia, um pacotão”.