Filiação de Moro ao União Brasil é hipótese descartada, dizem interlocutores

Líderes do partido fruto da fusão entre DEM e PSL também se mostraram céticos quanto à possibilidade

Ex-juiz Sergio Moro anunciou que desistiu da candidatura à Presidência da República | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória

Uma eventual filiação do pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) ao União Brasil é uma hipótese descartada até o momento, tanto pelos dirigentes do novo partido, fruto da união do DEM com o PSL, quanto pelos interlocutores do ex-ministro da Justiça.

De acordo com o que apurou o portal R7, o cenário só pode mudar se Moro tiver um crescimento robusto nas pesquisas até o fim da janela partidária, o que parece hoje pouco provável.

Partido ainda pequeno, o Podemos encontra dificuldade de financiar a candidatura do Moro, ao mesmo tempo em que precisa ter recursos para as candidaturas a deputados federais, senadores e governadores. Aumentar a bancada na Câmara, hoje com 11 deputados, é fundamental à sobrevivência da legenda.

Ao lançar Moro, o partido previa atrair quadros e apoio em uma “onda Moro”, reduzindo o desafio financeiro. Mas o desempenho estático do pré-candidato nas pesquisas freou esse movimento. Com isso, a filiação ao União Brasil passou a ser aventada como alternativa. O partido que vai ter o maior volume de recursos do fundo eleitoral em 2022, quase R$ 800 milhões.

Apenas uma ala do União Brasil, no entanto, tinha interesse em ter Moro como pré-candidato. Para grande parte da legenda, a neutralidade é a melhor solução.

O objetivo do União Brasil é fazer a maior bancada da Câmara para 2023, com número entre 60 e 80 deputados, aumentar a bancada do Senado e eleger até dez governadores.