Indústria gaúcha fecha 2021 com o maior crescimento em 30 anos

Indústria. Foto: Agência Brasil/Arquivo

O Índice de Desempenho Industrial gaúcho (IDI/RS), medido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), encerrou o ano com crescimento de 12,8% ante 2020, a maior taxa em 30 anos. O recorde se deve à base deprimida do ano passado, quando o índice atingiu pisos históricos por conta da primeira onda da Covid-19.  A alta, porém, mais do que compensou a redução de 2020 (-4,8%), superando em 7,4% o nível de atividade de 2019.

Todos os componentes do IDI/RS cresceram em 2021: compras industriais (+31,0%), horas trabalhadas na produção (+15,1%), faturamento real (+8,7%), emprego (+6,7%), utilização da capacidade instalada-UCI (+5,7 p.p.) e massa salarial real (+4,6%). A expansão anual foi disseminada: 14 dos 16 setores pesquisados. Os destaques foram Máquinas e equipamentos (+32,4%), Químicos e derivados de petróleo (+11,1%), Veículos automotores (+15,8%), Produtos de metal (+17,9%) e Couros e calçados (+10,1%). Apenas Madeira (-1,2%) e Máquinas e materiais elétricos (-0,7%) recuaram.

Em dezembro em relação a novembro, o IDI/RS cresceu 0,5% com ajuste sazonal, repercutindo o desempenho do faturamento real (+1,1%) e das horas trabalhadas na produção (+1,5%). Foi a sétima alta seguida, que levou o nível de atividade ao maior patamar desde novembro de 2014, 10,2% acima do pré-pandemia (fevereiro de 2020). Ainda nessa métrica, o emprego e a UCI (com grau médio de 83,4%) ficaram estáveis, enquanto a massa salarial real caiu 0,4%.

Para 2022, a tendência é de desaceleração. A perspectiva é de um avanço da atividade industrial de 1,7% no Estado. Para crescer mais, o setor precisará ganhar força. As expectativas dos empresários são favoráveis: há confiança e intenção de investir. A reabertura econômica tende a se completar e a demanda externa deve continuar ajudando.