OMS volta a pressionar China para investigar origem do coronavírus

Cobranças para que país aprofunde investigações já estremeceu relação dos chineses com o Ocidente

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom disse, neste sábado, que discutiu com o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, a necessidade de colaboração maior com as investigações sobre a origem do coronavírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19 – um assunto controverso que prejudicou as relações de Pequim com o Ocidente.

Adhanom já havia pressionado a China a ser mais aberta com dados e informações relacionadas à origem do vírus.

“Prazer em conhecer o primeiro-ministro Li Keqiang”, tuitou Tedros. “Discutimos a Covid-19 e a necessidade de um esforço agressivo no VaccinEquity este ano para vacinar 70% de todas as populações”, disse ele, referindo-se à campanha da OMS por acesso justo a vacinas em todo o mundo.

“Também discutimos a necessidade de uma colaboração mais forte nas origens do vírus da Covid-19, enraizada na ciência e nas evidências”, acrescentou.

A OMS estabeleceu no ano passado o Grupo Consultivo Científico sobre as Origens de Novos Patógenos e pediu à China que forneça dados brutos para ajudar em qualquer nova investigação. A China recusou, citando regras de privacidade do paciente.

A China negou consistentemente as alegações de que o vírus tenha vazado de um laboratório especializado na cidade de Wuhan, onde o Covid-19 surgiu, pela primeira vez, no fim de 2019.

Um estudo conjunto da China e da OMS publicado no ano passado praticamente descartou a teoria de que o Sars-CoV-2 tenha se originado em laboratório, dizendo que a hipótese mais provável era de infecção humana natural, provavelmente a partir do comércio de animais selvagens.

Em novembro passado, a China afirmou que um relatório de inteligência dos EUA dizendo que era plausível que a pandemia tenha se originado em laboratório não era científico e não tinha credibilidade.

*Com informações da Agência Reuters