A disseminação da variante ômicron do novo coronavírus segue refletindo no crescimento de internações por conta da doença no Rio Grande do Sul. A ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em nível estadual, atingiu, na tarde desta sexta-feira, o maior número de pacientes diagnosticados com a Covid-19 em cinco meses, com 573 internações.
Desde 26 de agosto do ano passado, quando havia 574 pessoas em leitos de terapia intensiva, as UTIs não tinham tantos pacientes em estado grave com a doença. Em uma semana, houve aumento de 20,3% das internações pela Covid-19 no Rio Grande do Sul. A doença responde por quase 1/3 da ocupação dos leitos de terapia intensiva, que tinham hoje 1.951 pacientes em estado grave.
De acordo com boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o RS contabilizou mais 19.988 infecções pela Covid-19, elevando o total para 1,9 milhão. A pasta também informou 51 mortes causadas pela doença, totalizando 37.092 óbitos desde o início da pandemia. A escalada de casos confirmados de Covid-19 também refletia na ocupação de UTIs da capital, que pela primeira vez ultrapassou os 90%.
Com 659 pacientes em estado grave, a taxa de lotação geral era de 90,27%, nessa tarde. Do total, 166 tinham diagnóstico de Covid-19. Os hospitais Ernesto Dornelles e Nossa Senhora da Conceição atendiam com as UTIs acima da capacidade, enquanto o Hospital da Restinga não tinha vagas em leitos de alta complexidade. Outras quatro instituições tinham ocupação superior a 90%.
