Família de Moïse presta depoimento na Delegacia de Homicídios do Rio

Depoimentos duraram cinco horas; Polícia não divulgou teor

Foto: Fernando Frazão/ABr

A família do congolês Moïse Kabamgabe prestou depoimento nesta quarta-feira, na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro (RJ). Os depoimentos duraram quase cinco horas e a polícia não divulgou o teor das declarações.

Os três acusados pela morte de Moïse – Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove; Brendon Alexander Luz da Silva, o Totta; e Fábio Pirineus da Silva, o “Belo” -, foram levados para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, após decisão judicial, que acolheu a denúncia do Ministério Público (MP) por homicídio duplamente qualificado.

Em nota, a Arquidiocese do Rio de Janeiro, por meio da Caritas Arquidiocesana, lamentou a morte de Moïse. Ele e os demais membros da família foram auxiliados pela Caritas Arquidiocesana, desde a chegada ao Brasil.

Também em nota, o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) manifestou indignação diante do brutal assassinato do congolês. O texto assinado, pela presidente nacional, Rita Cortez, defende que as autoridades e agentes públicos apurem e punam “com extremo rigor o ocorrido”.

No próximo sábado, está marcado um ato de protesto em frente ao quiosque Tropicália, reunindo diversas organizações de defesa da causa negra e dos direitos humanos no Rio.

Caso

Conforme imagens da região do quiosque, três homens participaram da sessão de violência contra Moïse, brutalmente agredido a pauladas, após o início uma aparente discussão. As circunstâncias da briga seguem sendo apuradas pela polícia.

Parentes do congolês dizem que ele tinha ido ao local cobrar uma dívida. Já os agressores alegaram em depoimento que ele havia iniciado uma briga dentro do estabelecimento.