Polícia combate facção envolvida no tráfico de drogas e armas na Região Metropolitana

Suspeitos se uniam a mulheres sem antecedentes como forma de disfarce

Operação consiste em 17 mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Uma organização criminosa investigada pelos crimes de tráfico de drogas e armas é alvo da Operação Ultima Castellum, deflagrada na manhã desta terça-feira (1) pela Polícia Civil. A força-tarefa consiste em 17 mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão, e percorre as ruas de Porto Alegre, Alvorada e São Leopoldo.

Dentre as ordens judiciais de prisão, seis envolvem criminosos que já estão presos e, segundo a polícia, seguem à frente da facção atrás das grades. Outras cinco são de mulheres, que ocupavam papel de destaque dentro do esquema. Isso porque elas eram recrutadas para despistar as autoridades.

Na prática, os suspeitos simulavam que um casal estivesse passeando de carro quando, na verdade, transportava dinheiro, armas ou entorpecentes. A maior parte das mulheres envolvidas no esquema não tinha passagem pela polícia. Elas também faziam pagamentos, via Pix, para viabilizar as transações financeiras da quadrilha.

“Possivelmente as lideranças dessa facção acreditava que as mulheres poderiam passar desapercebidas dos policiais e também aproveitando as brechas legais das que possuem filhos, o que dificulta a manutenção no cárcere por longos períodos”, explica o delegado Alencar Carraro, responsável pela operação.

Grupo é investigado há mais de um ano

Normalmente, os pagamentos – com valores entre R$ 1 mil e R$ 4,5 mil – eram feitos quase todos os dias. Uma das envolvidas é uma idosa com mais de 70 anos, que é mãe de um dos detentos envolvidos no esquema. Na Capital, o grupo agia nos bairros Restinga, Vila Jardim e Vila Nazaré.

Antes mesmo da operação ocorrer, a Polícia Civil já havia prendido duas mulheres e 13 homens. Todos fazem parte da mesma facção, que é investigada desde uma grande apreensão de drogas, armas e munições no município de Alvorada, em 2020. O grupo permanecerá sob o monitoramento das autoridades.