Alceu Moreira questiona apoio à pré-candidatura de Gabriel Souza

"Foram os que mais me incentivaram para ser candidato no passado", disse o deputado federal

Foto: Divulgação/ CP

O presidente estadual do MDB, Alceu Moreira, questionou, nesta terça-feira, as recentes manifestações de apoio ao deputado estadual Gabriel Souza, possível adversário dele nas prévias do partido, para ser o candidato ao governo do Estado. “Os próprios que estão hoje fazendo oposição à minha candidatura, foram os que mais me incentivaram para ser candidato no passado”, disse em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.

Na segunda-feira, um grupo de cinco deputados estaduais e dois secretários estaduais (deputados licenciados) elaboraram carta declarando apoio ao colega de bancada. Assinaram o texto os parlamentares Vilmar Zanchin, Beto Fantinel, Carlos Búrigo, Clair Kuhn, Gilberto Capoani, além dos secretários de Estado Edson Brum e Juvir Costella, ambos licenciados do mandato. Os deputados estaduais Tiago Simon e Patrícia Alba não assinaram a manifestação.

Ainda assim, o presidente estadual da sigla entende que não foram aleatórias as mudanças de posicionamento, tanto de quem inicialmente o apoiou, quanto do próprio Gabriel Souza, que havia se comprometido a não apresentar pré-candidatura em caso de confirmação do deputado federal na disputa. “Devem ter o seu motivo, ninguém quer o mal do MDB”, reiterou. Moreira descartou, porém, que a proximidade de Souza com Eduardo Leite (PSDB) tenha sido um possível motivador na mudança de apoio. “Quem dera fosse só isso”, observou.

Nesta segunda-feira, Moreira e Souza almoçaram juntos e “conversaram demoradamente sobre as prévias”, segundo o deputado federal. Ele também reiterou que, apesar de sempre ser possível a construção de um acordo, não pretende voltar atrás.

Na semana passada, Alceu Moreira lançou oficialmente a pré-candidatura, que deve ser oficializada na próxima quinta-feira. Entre os motivos, os apoios que recebeu há tempos que o fizeram dar a palavra e se comprometer em construir a pré-campanha. “Não é um desaforo a ninguém. Não é para hostilizar ninguém. É que em política palavra é uma coisa fundamental. Tu dá a palavra para as pessoas, tu tem que cumprir essa palavra”, finalizou.