Desde o início da pandemia de coronavírus, mais de 110 mil crianças de zero a 14 anos testaram positivo para a doença no Rio Grande do Sul, ressaltou nesta segunda-feira a Secretaria Estadual da Saúde. Só em janeiro deste ano, o total passou de 23 mil, praticamente igualando a marca de todo o ano de 2020, quando 25,2 mil casos foram reportados pelas cidades gaúchas. Em 2021, 62,8 mil crianças foram comprovadamente infectadas pelo vírus, mediante testagem.
Em nota, a SES reiterou a importância de que pais e cuidadores levem os filhos maiores de cinco anos para receber os imunizantes. O alerta leva em conta que 95% dos casos de Covid-19 analisados recentemente pela vigilância genômica da SES eram provocados pela variante ômicron, a mais transmissível já surgida em 22 meses.
De acordo com a especialista em saúde da Política de Saúde da Criança da SES, Jeanice Cardoso, na maioria das vezes, as crianças desenvolvem quadros leves ou assintomáticos e, por isso, os números reais de contaminação podem ser maiores. “Não sabemos que sequelas a doença pode deixar nas crianças, ainda com o corpo em formação”, observou.
Mesmo assintomático, o público infantil não vacinado segue sendo vetor da doença para pessoas mais velhas ou mais vulneráveis a complicações. “Ressaltamos o papel social da imunização, tanto para adultos quanto para crianças. A ação das vacinas é, principalmente, coletiva e menos individual”, completou.
A SES ainda frisa que a vacinação infantil contra a Covid também é essencial para que o retorno às salas de aula seja tranquilo, sem o registro de surtos entre alunos, professores e a comunidade escolar.
Até a manhã desta segunda-feira, o levantamento da SES apontou 49,4 mil crianças imunizadas com a primeira dose no Rio Grande do Sul. Mais de 862 mil fazem parte da faixa etária de 5 a 11 anos, já incluída na campanha de vacinação pelo Ministério da Saúde.
