O juro bancário médio dos recursos livres disponíveis para pessoas físicas e empresas chegou a 33,9% ao ano em dezembro do ano passado, indicador que nos 12 meses de 2020 chegou a 25,5% ao ano. A informação foi disponibilizada pelo Banco Central e não inclui os setores habitacional, rural e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A diferença entre o ano passado e 2020 representa um aumento de 8,4 pontos percentuais em 2021, a maior variação desde 2015, quando a taxa cresceu 9,9 pontos percentuais. Esse resultado supera a alta da taxa básica de juros definida pelo Banco Central para tentar conter a inflação, que em dezembro do ano passado ficou estabelecida como 9,25%.
Para as empresas, a taxa média de juros cobrada subiu para 20% ao ano em dezembro do ano passado, a maior desde janeiro de 2019. Já os juros médios nas operações com pessoas físicas subiram para 45,1% ao ano em dezembro de 2021 (a maior desde março de 2020, em 46,4% ao ano).
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa somou 127,6% ao ano em dezembro do ano passado, contra 115,6% ao ano no fim de 2020, um aumento de 12 pontos percentuais. Para o cartão de crédito rotativo, os juros bancários cobrados das pessoas físicas totalizaram 349,6% ao ano em dezembro de 2021 (a maior desde agosto de 2017, em 392,3% ao ano).