A Argentina chegou a um novo acordo de crédito com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 28, pelo presidente Alberto Fernández, no mesmo dia que deveria ser pago uma parcela de US$ 700 milhões pelo primeiro vencimento deste ano de uma dívida de US$ 44 bilhões.
O acordo deve aliviar o ônus dos vencimentos deste ano, cerca de US$ 19 bilhões, e no próximo, mais US$ 20 bilhões. Além disso, havia outro pagamento planejado em 2024 de mais de US$ 4 bilhões.
A Argentina prometeu reduzir seu déficit fiscal para 0,9% do Produto Interno Bruto em 2024, com metas de 1,9% em 2023 e 2,5% em 2022. No ano passado, com crescimento econômico de 10%, o déficit foi de 3%. O acordo também prevê um crescimento em 2022 de US$ 5 bilhões de dólares em reservas internacionais, que atualmente somam pouco mais de US$ 38 bilhões.
O FMI concedeu à Argentina em 2018, durante o governo do liberal Mauricio Macri (2015-19), um empréstimo de US$ 57 bilhões em meio a uma crise cambial, já tendo recebido US$ 44 bilhões, pois Fernández renunciou às parcelas pendentes quando assumiu o cargo em dezembro de 2019.
Em 2020, após reestruturar cerca de US$ 66 bilhões em dívidas com credores privados internacionais, o governo iniciou negociações com o FMI para substituir o acordo de stand-by de 2018 por um acordo de facilidade estendida que estendesse os prazos de pagamento.