Agentes penitenciários protestam por melhores condições de trabalho em Porto Alegre

Categoria está em estado de greve e pode cruzar os braços em fevereiro

Profissionais se sentem "injustiçados" mesmo após a publicação da promoção de agentes. Foto: Amapergs/Divulgação

Cerca de 50 servidores penitenciários estão mobilizados, na manhã desta sexta-feira (21), para um protesto em frente ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), na zona Leste de Porto Alegre. Os profissionais se sentem “injustiçados” mesmo após a publicação da promoção de 471 agentes pelo Governo do Rio Grande do Sul, no Diário Oficial.

Segundo o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs), este era apenas um dos itens na pauta do grupo que decretou estado de greve no início do mês, e ameaça cruzar os braços na virada para fevereiro. O argumento é de que o setor carcerário não tem a estrutura necessária para viabilizar o trabalho dos agentes.

No IPF, por exemplo, os profissionais identificaram problemas estruturais graves e falta de efetivo, já que apenas um servidor seria responsável por fazer a vigilância de até 100 pacientes no pátio da unidade. Ainda conforme a Amapergs, o instituto “passou por inúmeras vistorias, que geraram o apontamento das irregularidades”.

Reposição salarial e concursos públicos

Para não entrar em greve, os servidores penitenciários exigem a reposição salarial, em decorrência da inflação, e a realização de mais concursos. Conforme os trabalhadores, o último reajuste nos vencimentos da categoria ocorreu há oito anos. Já o efetivo, de 5.500 agentes penitenciários ativos, seria apenas metade do necessário.

Contraponto

A equipe da Rádio Guaíba contatou a Secretaria Estadual de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJCDH) em busca de um posicionamento. No entanto, até o momento, nenhuma resposta foi enviada à reportagem. A pasta deve se reunir com os profissionais do setor na próxima semana.