Um alívio para a economia em 2022 poderá vir do programa Auxílio Brasil, que deverá injetar pelo menos R$ 84 bilhões no consumo ao longo do ano. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e do total 70,43%, ou o equivalente a R$ 59,16 bilhões, deverão se transformar em consumo imediato. O restate, 25,74% (R$ 21,62 bilhões) deverão ser destinados para quitação ou abatimento de dívidas e 3,83%, ou R$ 3,21 bilhões, serão poupados para consumo futuro.
O programa Auxílio Brasil substituiu o Bolsa Família, extinto no ano passado, teve suas primeiras parcelas mensais pagas nesta semana para os beneficiários. Conforme o economista da CNC, Fabio Bentes, como o benefício é variável, a estimativa pode ser ainda mais otimista: R$ 89,9 bilhões.
Do total de R$ 59 bilhões que deverão ir para o consumo imediato, a CNC estimou que pela estrutura de gastos do brasileiro, cerca de 47% são consumo no comércio e no setor de serviços. Isso representa que R$ 28 bilhões devem chegar ao comércio, um impulso de 1% a 1,5% no faturamento anual do varejo nacional.
“Isso não vai salvar as vendas do comércio em 2022, mas pode ajudar o comércio a ter um ano menos amargo no momento em que a expectativa para a economia, este ano, tem sido corrigida para baixo.”.
Segundo dados do Banco Central (BC), 30,3% da renda média dos brasileiros estavam comprometidos com dívidas no terceiro trimestre do ano passado, maior patamar da série histórica iniciada em 2005. “Mas a gente sabe que, por conta da inflação, dos juros mais altos, o comprometimento da renda seguramente deve aumentar um pouco, pelo menos nessa primeira metade de 2022”, comenta o economista da CNC.
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