Paralisação da Receita trava fronteira do Brasil com a Argentina

Servidores pressionam o governo por ampliação de recursos para o órgão e regulamentação do pagamento de bônus

Cargas estão paradas na fronteira do Brasil com a Argentina | Foto: Multilog / Divulgação / R7 / CP

A paralisação dos auditores da Receita Federal pressiona o maior porto seco do Brasil, na fronteira com a Argentina. Seiscentos e trinta e quatro caminhões aguardam, nesta quarta-feira, na alfândega de Uruguaiana (RS), liberação aduaneira para seguir com o transporte de cargas importadas ou exportadas do país. O volume de caminhões está no limite da capacidade do pátio da Receita, que comporta 640 veículos cargueiros.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), estão sendo liberados apenas alimentos perecíveis, animais vivos e medicamentos. O último balanço calcula que há 142 despachos à espera de distribuição, 577 senhas represadas e 92% do armazém utilizado. A emissão de novas certificações de OEA (operador econômico autorizado), um programa de controle aduaneiro, também está suspensa.

Caminhões com cargas de arroz, feijão, café e açúcar também estão parados nas alfândegas de Pacaraima (RR), Boa Vista (RR) e Manaus (AM). A greve segue por tempo indeterminado, de acordo com os representantes da categoria.