Covid-19: cerimônia simbólica marca abertura da vacinação de crianças em Porto Alegre

Movimentação foi tranquila nos postos que oferecem as doses na Capital

Foto: Rádio Guaíba

A campanha de vacinação das crianças contra a Covid-19, iniciada ontem com a aplicação das primeiras doses em Esteio, está oficialmente aberta em todo o Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira (19), o ponto central da mobilização foi a Unidade de Saúde Santa Marta, localizada no Centro Histórico de Porto Alegre.

O posto, que teve acesso a 1,5 mil doses pediátricas da Pfizer, recebeu autoridades como o prefeito Sebastião Melo (MDB) e o governador Eduardo Leite (PSDB) em uma cerimônia simbólica. O rito teve início com a vacinação de uma criança portadora de deficiência, e se estendeu por cerca de 20 minutos.

Na oportunidade, o tucano reforçou a importância da campanha. “A vacina é segura, e nós desejamos o maior número possível de crianças vacinadas. Isso dá segurança a elas e, também, às famílias. A certeza é de que estamos na reta final desta pandemia, com a qual nós aprendemos a conviver com segurança”, ressaltou.

Já o prefeito da Capital lembrou que o Ministério da Saúde garantiu a continuidade dos repasses, para que todas as pessoas de 5 a 11 anos tenham acesso ao imunizante contra a Covid-19. Segundo Melo, o assunto foi um dos temas da reunião que teve com o assessor de Saúde Primária do Ministério da Saúde, Davi Calazans, na semana passada.

“Ele me disse que o Brasil vai comprar muitas vacinas, e não vão faltar imunizantes. Mas acho que ocorreu da mesma forma com os adultos: em dado momento, passamos a ter um grande número de doses. Não tenho dúvida de que isso também vai acontecer com as crianças”, afirmou o emedebista.

Alívio e ansiedade

Os locais de vacinação que oferecem a fórmula infantil contra a Covid-19 não são os mesmos que aplicam o imunizante nos adultos e adolescentes. Em Porto Alegre, sete locais fazem parte da mobilização: as unidades Chácara da Fumaça, IAPI, Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes, Moab Caldas, Nova Brasília, Santa Marta e Santo Alfredo.

Abertas até as 17h, as salas onde ocorre a aplicação foram decoradas de forma lúdica. Também são oferecidas atividades pedagógicas aos pequenos que forem vacinados. Mariana Barcelos, de 11 anos, foi uma das primeiras da fila. Ela é portadora de diabetes tipo 1, e compareceu ao posto acompanhada da mãe.

“Sempre estive na expectativa para me vacinar”, resumiu. A mãe Caroline mostrou-se feliz pela filha. “Estou realmente emocionada. Foi mais de um ano esperando por essa vacina e só a vacina vai salvar a gente desta pandemia. A gente vacina crianças desde recém-nascidas e por que não vacinar contra a Covid-19?”, salientou

Até o momento, na Capital, só podem receber a vacina as crianças de 10 e 11 anos com comorbidades ou deficiência permanentes. Neste caso, é imprescindível a apresentação de documento que comprove a doença crônica em questão. Também estão aptos à imunização os indígenas e quilombolas de 5 a 11 anos.