O Brasil perdeu importância na agenda das grandes empresas nos últimos dez anos. Em 2013 o País ocupava a terceira posição entre os maiores mercados estratégicos para os CEOs globais, caindo agora para a 10ª posição neste ano, com apenas 5% dos entrevistados colocando-o como um dos seus mercados com maior potencial, tendo sido superado por Canadá e Austrália em 2022.
O resultado e apontado pela consultoria PwC em sua pesquisa anual com presidentes de grandes companhias de todo o planeta. De acordo com o presidente da PwC, Marco Castro, apesar de o Brasil estar barato dada a valorização do dólar frente ao real, também está mais pobre e sem perspectivas de crescimento por conta das inúmeras crises pelas quais passa, como a política, fiscal e a ambiental.
“O Brasil perdeu relevância em todos os sentidos: o crescimento não está grande e a representatividade para as empresas ficou ainda menor em dólar. O país continua sendo uma aposta de consumo, mas já não está mais como prioridade nos investimentos”, afirma Castro.
Longe das análises, a economia real mostra que alguns estrangeiros estão saindo do Brasil. Em janeiro do ano passado, a montadora Ford anunciou a sua saída do País, assim como a maior fabricante de cimento do mundo, o grupo franco-suíço LafargeHolcim também decidiu abandar o mercado local ao vender sua operação para a CSN.
Porém, cerca de 63% dos executivos brasileiros ouvidos pela consultoria afirmaram que estão muito confiantes de que as receitas de suas empresas vão aumentar – apenas 5% disseram que não estão confiantes. No mundo, a proporção é de 56% para os completamente otimistas e 4% para os pessimistas.