A criação do Pix, pagamento por aproximação, transferências via WhatsApp e outras formas de pagar uma conta, fez com que o número de cheques compensados no Brasil apresentasse uma queda de 23,7% em 2021. Conforme dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em informações do Serviço de Compensação de Cheques (Compe), esse resultado é o segundo maior recuo da série histórica, iniciada em 1995.
A retração mais acentuada foi em 2020, quando o uso de cheques diminuiu 25,26%. A utilização dos cheques vem caindo desde 2001, e chega ao menor patamar desde quando os dados começaram a ser computados. Em relação ao pico registrado em 1995, no começo da série, o uso do cheque já caiu 93,43%.
Apesar da queda, o número de cheques compensados em 2021 foi de 218,945 milhões, envolvendo um volume financeiro de R$ 667 bilhões, com queda de 0,22%. Já o número de cheques devolvidos foi de 18,6 milhões, o que representa 8,5% do total de cheques compensados e queda de 23,7% na comparação com 2020. Um cheque pode ser devolvido por vários motivos, como falta de fundos, conta encerrada, prática espúria e cheque sustado ou revogado.