Para quem começa a recolher os comprovantes para fazer seu Imposto de Renda ano base 2021 saiba que a defasagem da tabela do Imposto de Renda chegou a 134,52%. O cálculo é do Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), considerando que a inflação acumulada desde 1996 na tabela do IR chegou a 391,62%, enquanto as correções na tabela ficaram em 109,63% no mesmo período.
Em 2022, o governo decidiu não corrigir a tabela mais uma vez, no sétimo ano seguido sem reajuste, dos quais quatro com o presidente Jair Bolsonaro. Mesmo sendo seu último ano de mandato, o presidente não dá sinais de cumprir sua promessa de campanha de subir a faixa de isenção para cinco salários mínimos (correspondente a R$ 6.060 em 2022), ou promover uma Reforma Tributária. Hoje, a isenção é só para quem ganha até R$ 1.903,98.
Levantamento da Unafisco Nacional (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) mostra que, sem correção, 15,1 milhões de pessoas que deveriam ser isentas terão que pagar o imposto em 2022. Além disso, aqueles que já pagavam IR passarão a sofrer uma mordida maior.