Os pedidos de seguro-desemprego registraram uma queda de 10,2% em 2021 em relação ao ano anterior, marcado pelo início da pandemia de Covid-19. Foram 6,08 milhões de requerimentos no ano passado ante 6,78 milhões em 2020.
Apesar de os números terem voltado ao patamar da pré-pandemia, os últimos dois meses de 2021 tiveram alta. Em dezembro, houve 481,4 mil solicitações, um aumento de 13% sobre o mesmo período de 2020, com 425,7 mil. Mas o recorde de requerimentos foi registrado em maio de 2020, com 960.308, a maior marca da série histórica.
Os números são divulgados pelo Painel de Informações do Seguro-Desemprego, do Ministério do Trabalho e Previdência. Segundo o governo federal, o resultado reflete o esforço para a manutenção dos empregos no Brasil.
De acordo com os últimos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no acumulado de janeiro a novembro de 2021, o saldo é de aproximadamente 3 milhões de vagas de emprego criadas.
No entanto, o Caged tem se mostrado defasado após as atualizações. Somente em 2020, as revisões mostram que foram cortados mais de 190 mil postos de trabalho com carteira assinada, ante 142.690 contratações anunciadas inicialmente.
Mesmo com a melhora dos índices, o desemprego se mantém alto, com 12,9 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho, de acordo com dados do trimestre encerrado em outubro, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o instituto, a taxa de desocupação (12,1%) caiu 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho de 2021 (13,7%) e recuou 2,5 pontos em comparação ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,6%).