Inflação oficial supera os dois dígitos e fecha 2021 em 10,06%

Foto: Alex Rocha/PMPA

A inflação ao consumidor no Brasil encerrou 2021 acima de 10%, quase o dobro do teto da meta e no nível mais elevado em seis anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou no ano passado avanço de 10,06%, estourando o teto oficial, que era de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, sob forte influência dos preços dos combustíveis no ano passado e mantendo a pressão sobre o Banco Central.

A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o resultado mais elevado desde 2015, quando o índice fechou a 10,67%. O maior vilão no bolso dos consumidores em 2021 foi o grupo Transportes, cujos preços dispararam 21,03% devido principalmente aos combustíveis. A gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021.

Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar. Outros itens que impactaram o resultado foram a alta de 13,05% de Habitação e de 7,94% de Alimentação e bebidas. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021, de acordo com o IBGE.

Considerando as 11 maiores economias da América Latina, o Brasil só perde para a Venezuela, com 2.700% no ano e para a Argentina, 51,2% até novembro.