Anvisa avalia vacinação pediátrica com a CoronaVac

Agência recebeu novos documentos do Butantan e agendou mais uma reunião com o instituto para esta quinta-feira

Foto: Alina Souza/CP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu novos documentos para avaliar o pedido de autorização de uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos no país. O Instituto Butantan, responsável pela vacina no Brasil, apresentou os dados de um estudo que avalia a efetividade do imunizante, mas a agência pediu, nesta terça-feira, uma complementação de informações.

O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde do Chile, reúne dados reais da vacinação em crianças no país. Esclarecimentos adicionais sobre os dados apresentados foram solicitados pela Anvisa, bem como ajustes no plano de gerenciamento de riscos da vacina.

De acordo com a Anvisa, uma nova reunião entre os técnicos da agência, o Butantan e representantes das sociedades médicas vai ocorrer na quinta-feira. O objetivo é discutir “dados e definição de eventuais compromissos, em caso de autorização de uso da vacina”.

Como não há registro definitivo da CoronaVac no Brasil, diferentemente da Pfizer e da AstraZeneca, a decisão a ser tomada vai ficar a cargo da diretoria colegiada, com votos separados e definição por maioria simples. Os diretores terão como base os subsídios apresentados pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos e pela Gerência de Farmacovigilância.

Em agosto de 2021, a Anvisa reprovou, por unanimidade, a ampliação do uso emergencial da vacina CoronaVac para crianças acima de 3 anos de idade. Atualmente, no Brasil, apenas a vacina da Pfizer recebeu autorização para ser aplicada em crianças, mas apenas naquelas com mais de 5 anos de idade.