A Fundação Getulio Vargas divulgou nesta quinta-feira, 6, o resultado do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) de dezembro com alta de 1,25% em dezembro, encerrando o ano de 2021 com alta de 17,74. O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços, o resultado de dezembro foi influenciado principalmente pela alta de 1,54% do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que havia apresentado queda de 1,16% no mês anterior. O índice refere-se à variação dos preços no atacado e responde por 60% do indicador geral, e no ano passado acumulou alta de 20,64%.
“A aceleração registrada nos preços do minério de ferro (de -24,98% para 17,62%), de bovinos (de 2,60% para 8,33%) e do café (de 8,02% para 9,16%) contribuíram destacadamente para a aceleração da inflação ao produtor, índice com maior influência sobre o IGP, compensando o arrefecimento da inflação ao consumidor”, disse Braz.
Entre os grupos componentes do IPA, destacaram-se as Matérias-Primas Brutas, que saltaram 4,40% no mês passado, deixando para trás a queda de 6,40% registrada em novembro. O consumidor, entretanto, percebeu uma menor pressão inflacionária em dezembro, pois o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) – que responde por 30% do IGP-DI – desacelerou a alta a 0,57%, de 1,08% no mês anterior.
Em 2021 o IPC-DI subiu 9,34% Vale mencionar o comportamento dos Transportes, que reduziram sua alta a 0,28% em dezembro, de 3,07% em novembro, refletindo forte arrefecimento nos preços da gasolina. O combustível registrou queda de 0,36% no mês passado, de alta de 7,44% em novembro.