A intenção de consumo das famílias em 2021 é a menor em 11 anos. A informação é do indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice apresentou uma queda de 9,9% em 2021, comparado com 2020, para uma média de 71,6 pontos, o menor patamar da série histórica iniciada em 2010. Em 2020, o indicador já havia registrado queda de 15,9%.
Pelo segundo mês consecutivo, o ICF apresento o ICF apresentou queda no desempenho mensal, com recuo de 0,8% em dezembro ante novembro, para 74,4 pontos. O aumento da inflação e a queda da renda afetaram a intenção de consumo das famílias em 2021, revela a CNC.
Na pesquisa, 40,6% dos consumidores relataram recuo nos rendimentos no ano passado, o maior percentual na série histórica do levantamento. Todos os sete tópicos usados para o cálculo do indicador de intenção de consumo tiveram queda em 2021 comparado com 2020. É o caso do emprego atual (-9,5%); perspectiva profissional (-4,8%); renda atual (-14,8%); acesso ao crédito (-7%); nível de consumo atual (-7,9%); perspectiva de consumo (-7,8%); e momento para duráveis (-20,1%).
Conforme a CNC, a queda na intenção de consumo foi mais intensa entre os que ganham até 10 salários mínimos: recuo de 11,2% em 2021, para 68,4 pontos no indicador. Nas famílias com renda acima de 10 salários mínimos, o ICF caiu 5% em 2021 ante 2020, para 86,9 pontos.
A fatia dos que informaram consumo menor, no ano passado que em 2020 foi de 57,8%, a maior parcela para essa resposta desde 2017 (59,6%). O indicador de nível de consumo ficou em 55,6 pontos em 2021, a menor pontuação anual desde 2017 (53,7 pontos).