
Com o avanço simultâneo de casos da cepa H3N2, da Influenza, e da variante ômicron do coronavírus, a Prefeitura de Porto Alegre orienta que pessoas com sintomas gripais procurem atendimento em unidades de saúde. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) explica que os sintomas da nova variante da Covid se parecem com os da Influenza. Por isso, o cidadão sintomático deve procurar atendimento especializado.
Conforme a SMS, os testes gratuitos para Influenza são oferecidos, em Porto Alegre, apenas a pacientes hospitalares da rede pública. A orientação é que seja feito o teste para coronavírus. Caso os sintomas persistam, com o resultado negativo o médico deve prescrever tratamento com Tamiflu (medicamento que combate a Influenza). A população em geral também pode procurar os testes para Influenza na rede privada de saúde.
Na cidade de São Paulo, a prefeitura adquiriu, no fim do ano passado, 150 mil testes rápidos para Influenza dos tipos A e B. Destinados a pacientes com sintomas respiratórios, eles podem ser encontrados em todas as 469 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município. Em Recife, onde a prefeitura cancelou o Carnaval de 2022 em razão de um surto de gripe, a rede pública ampliou a testagem para Influenza em postos de saúde e criou pontos fixos com esse fim.
Questionada sobre a possibilidade de também adquirir testes para detectar o vírus da gripe, a SMS de Porto Alegre destacou, em comunicado, que “o Paço Municipal ainda não discute essa alternativa no momento”.
Exames para influenza no RS
O Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS) confirmou, nesta quarta-feira, o primeiro caso de codetecção simultânea dos vírus Influenza e coronavírus. O homem, de 21 anos, residente em Porto Alegre, apresentou sintomas gripais leves e não precisou de hospitalização. Desde o início de dezembro, o Lacen/RS já identificou 116 casos de influenza A-H3N2, incluindo entre eles dois óbitos (em residentes de Porto Alegre e São Francisco de Paula) e o de codetecção com o coronavírus.
O Lacen/RS mantém monitoramento dos vírus respiratórios em circulação adotando protocolos específicos, formulados após a pandemia de H1N1, em 2009. Atualmente, casos de influenza são geralmente interpretados como suspeitas de Covid-19, já que os quadros clínicos são semelhantes. Em situações prioritárias, além do exame para o coronavírus, as amostram são analisadas ao mesmo tempo para influenza A (H1N1 e H3N2), influenza B e vírus sincicial respiratório (VSR).
São elencados como prioritários, para esse painel mais completo, os casos de hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de síndrome gripal (sem necessidade de internação) em crianças de até dois anos ou por amostragem. Para isso, existem seis pronto-atendimentos considerados “unidades sentinela” no Rio Grande do Sul. O caso da codetecção entrou para a análise do Lacen/RS por ser de uma dessas unidades.