Entidades projetam geração de empregos depois da manutenção da desoneração da folha

Foto: Guilherme Testa / CP Memória

A sanção presidencial ao projeto de Desoneração da Folha de Pagamento dos salários até o final de 2023 deverá movimentar o número de vagas de emprego abertas no país. A presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Vivien Suruagy, por exemplo, aponta que a decisão oferece segurança jurídica para as empresas, que vão realizar investimentos e gerar novos empregos. Suruagy calcula a abertura de até 970 mil empregos no setor neste período.

A dirigente lembra que o Brasil está em processo de implantação da tecnologia 5G e que a desoneração será fundamental para as empresas do setor investirem nesta tecnologia e criar empregos.

Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, defende que a desoneração vai ao encontro da necessidade de manutenção de empregos em uma economia que terá um crescimento limitado em 2022. Para ele, a decisão contribui para preservar os 1,5 milhões de brasileiros empregados pelo setor no País. Nos últimos 12 meses, cerca de 80 mil postos de trabalho foram abertos por empresas do setor.

A desoneração da folha é um mecanismo que permite às empresas dos 17 setores beneficiados paguem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários.Os setores alcançados pela medida são: calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.