Um estudo global traçou um novo comportamento do consumidor pós pandemia: pensar duas vezes antes de comprar. De acordo com um estudo global da EY-Parthenon revelou que os consumidores elevaram seu nível de exigência na hora das compras, e estão dispostos a pagar mais por isso. Entretanto, planejam gastar cada vez menos com o que não é essencial.
A pesquisa, realizada em mais de 21 países em outubro de 2021 entre os quais 1.022 pessoas no Brasil maiores de 18 anos e de todas as classes sociais, apontou que verificou que durante a pandemia, 48% dos entrevistados notaram que possuem mais roupas do que de fato necessitam. No Brasil, esse percentual foi maior, chegando a 51%, e em países como a Índia atingiu níveis ainda mais altos.
A pesquisa também mostra que 59% das pessoas as redor do mundo dizem estar pensando melhor antes de gastar dinheiro. Nessa linha, 66% dos consumidores já traçaram um plano para os próximos 12 meses: irão diminuir os gastos com o que não consideram essencial.
Não à toa, vem crescendo o interesse por produtos de maior vida útil e que possam ser reaproveitados. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados estão dispostos a desembolsar um valor maior por itens de alta qualidade e 53% dizem preferir consertar o que já têm a comprar algo novo.
Outro ponto crucial para a decisão de compra tem sido o frete. As lojas online já mostraram que vieram para ficar, mas o preço e a qualidade das entregas ainda estão aquém das expectativas em muitos países.
Em meio a essas complicações, 33% dos brasileiros acreditam que pagam muito caro pelo frete — número um pouco acima da média mundial (32%). Na China e na Índia, o maior problema enfrentado são os danos causados durante o transporte dos produtos. 30% dos chineses, 27% dos indianos e 28% dos brasileiros relatam este problema, enquanto nos Estados Unidos, a questão afeta apenas 16% dos consumidores.