Um estudo global da consultoria Roland Berger revela que a escassez global de semicondutores, não termina em 2022, e sim em 2023. Conforme dados setoriais, de 2020 a 2022 as fabricantes prevêem um crescimento de 6% de sua capacidade produtiva, enquanto o mercado tem uma demanda de 17%.
Não bastasse esse problema, os microchips são usados em carros, computadores, celulares e vários outros produtos, mas o setor mais afetado foi o automotivo. A prioridade tem sido as empresas que usam as novas gerações de semicondutores porque garantem melhor retorno financeiro, conclui do estudo.
A Deloitte prevê que a escassez de semicondutores dure até o início de 2023, e que, ao final do próximo ano, a espera por chips será de 10 a 20 semanas. Só as empresas de capital de risco devem colocar mais de US$ 6 bilhões em fabricantes de chips no próximo ano, calcula a consultoria. Há novas fábricas sendo erguidas, mas levam em média dois a três anos para ficarem prontas. Já o JPMorgan avalia que a situação deve melhorar no segundo semestre do próximo ano.