A pandemia e o trabalho home office trouxe uma avalanche de novas ações sobre assédio moral no trabalho. E o Rio Grande o Sul é o segundo estado com o maior número de ações judiciais na área com 1.622 processos. Em 2021, já são mais de 9,2 mil ações que incluem, no pedido inicial, dos termos “assédio moral”, “pandemia” e “covid”.
O resultado produz um crescimento na comparação com 2020, quando foram registradas 6.422 ações. Nesses dois anos, esses 15,7 mil processos somados, equivalem a um valor total da causa em R$ 3,45 bilhões.
O assédio moral, por definição, ocorre quando existe a exposição de pessoas a situações humilhantes e constrangedoras no ambiente de trabalho, de forma repetitiva e prolongada. A maioria das novas ações judiciais sobre assédio moral na pandemia se concentra em São Paulo (4.795), em seguida no Rio Grande do Sul (1.622), Rio de Janeiro (1.556), Paraná (1.362) e Minas Gerais (1.034).
A rede bancária é a que mais concentra os pedidos de indenizações, com 2.002 ações. Em seguida estão as atividades de teleatendimento (1078), administração pública (757), serviços de telefonia (671), atendimento hospitalar, exceto pronto socorro e unidades para emergências (477) e, por fim, restaurantes e similares (427).
Desses processos gerados durante a pandemia, 67,59 % ainda estão pendentes de desfecho. Em 15,34% já houve acordo, 11,96% foram declarados parcialmente procedentes, 2,78% improcedentes e só 0,77% procedentes.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Data Lawyer, plataforma de jurimetria, feito ao jornal Valor.