O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, nesta sexta-feira, que a vacinação contra a Covid-19 de crianças e adolescentes de 5 a 11 anos seja autorizada pelos pais. Ele disse que, no momento, o número de mortes pelo coronavírus nessa faixa etária não justifica uma medida emergencial.
“O pai autorizando (a se vacinar) é um grande passo. Agora, tem que chegar informação para o pai. Uma pergunta: estão morrendo crianças de 5 a 11 anos que justifique algo emergencial? É o pai que decide em primeiro lugar”, disse. As declarações foram feitas durante almoço de Bolsonaro com jornalistas no Palácio do Alvorada, em Brasília.
A vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 é alvo de consulta pública aberta pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira. O formulário, contudo, apresentou instabilidades na manhã desta sexta-feira. A decisão de inclusão ou não da faixa etária no PNI (Programa Nacional de Imunização) vai ocorrer, por sua vez, em 5 de janeiro.
Usuários de todo o país registraram por meio das redes sociais problemas para acessar o documento. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, também informou que enfrentou reveses ao tentar responder às perguntas sobre a vacinação infantil. “Fui opinar na consulta pública contra a obrigatoriedade da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, porém fui informado que o número máximo de pessoas já havia preenchido o formulário”, escreveu.