Porto Alegre reduz prazo de aplicação da dose de reforço de cinco para quatro meses

Público contemplado com a medida é de mais de 120 mil pessoas

Foto: PEDRO PARDO / AFP / CP

A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre anunciou na manhã desta terça-feira a redução do prazo de aplicação da dose de reforço contra a Covid-19 de cinco para quatro meses. Conforme o órgão, o público contemplado com a medida é de mais de 120 mil pessoas. Por conta disso, a redução irá ocorrer de forma escalonada.

A partir de hoje poderão buscar a dose de reforço todas as pessoas que receberam a segunda dose até sete de agosto. A partir da próxima segunda-feira, será a vez dos vacinados até 27 de agosto.

A modificação no intervalo foi determinada a partir do anúncio feito pelo Ministério da Saúde no último domingo. De acordo com o Ministério da Saúde, deve ser utilizado o imunizante da Pfizer para aplicação da dose de reforço. A imunização nesta terça, 21, ocorre em 47 pontos.

Vacinação de crianças

Apesar de aprovada pela Anvisa, a vacinação em criança de cinco a 11 anos, ainda não foi liberada pelo Ministério da Saúde. Nessa segunda-feira, em entrevista concedida em Brasília, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou que o processo ainda passará por avaliações técnicas criteriosas antes de ser colocado em prática. Conforme Queiroga, não há pressa para definir o assunto.

“A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou a vacinação de crianças de cinco a 11 anos no dia 25 de novembro, já Portugal iniciou a campanha para este público nesse final de semana. É necessária que se faça uma análise detida (sobre o assunto). Após o dia 5 (de janeiro), haverá um posicionamento do Ministério da Saúde que será fundamentado em normas técnicas. Não é um comunicado público que vai fazer a Pasta se posicionar de uma maneira ou de outra. Eu preciso de toda a análise, da qualidade, da evidência científica, amostra de pacientes em ensaios clínicos. Nós temos que verificar tudo. A pressão é inimiga da perfeição. O principal é a segurança”, argumentou quando perguntado sobre a antecipação do processo.

O ministro assegurou que o contrato firmado com Pfizer garante ao Brasil a chegada de até 700 milhões de doses de vacina até outubro de 2022. “O acordo com a Pfizer assegura o fornecimento de imunizante para todas as faixas etárias do programa nacional de imunização. Não tem isso de imediato, até porque não há premência (urgência) para isso. Tem que se fazer a análise técnica. Os pais terão a resposta no momento certo”, enfatizou.