O secretário especial de Cultura do governo federal, Mario Frias, usou as redes sociais, neste fim de semana, para tecer duras críticas a um hotel no Rio de Janeiro que impediu a esposa e a filha dele de se hospedarem por não apresentarem o certificado de vacinação contra a Covid-19.
Frias se referiu à cobrança como “porcaria criminosa do passaporte de vacinação” e ameaçou processar os responsáveis por “impedir minha família de ter um teto para dormir às 21h da noite”. “Vocês não irão tomar minha liberdade e da minha família sem que eu lute por ela. Vagabundos”, escreveu.
Frias afirmou, ainda, que o “mais revoltante é que, enquanto eles tratam o povo como escravo, estão por aí farreando e bebendo, como canalhas hipócritas que são”. Horas depois, o secretário postou um vídeo do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, em uma roda de samba, sem o uso de máscara.
O secretário é contra o passaporte vacinal e chegou a editar, em novembro deste ano, uma portaria proibindo a cobrança do documento em eventos e atrações financiadas com recursos da Lei Rouanet. A pena para o descumprimento é a reprovação do projeto cultural e multa.
Frias também não se vacinou contra a Covid e chegou a justificar, em entrevistas a jornalistas, que o motivo é a falta de confiança de que a imunização seja eficaz. “Na minha opinião é muito cedo para garantir que essa vacina surte algum efeito”, disse Frias.
