Governo crê que mudanças no Piso do Magistério garantirão aval da Assembleia

Novo projeto segue recebendo críticas, mas presidente do Cpers alega "não somos irresponsáveis de deixar a votação do aumento para o ano que vem”

Para a presidente do Cpers Helenir Schürer, se não houver a possibilidade de mais mudanças, é melhor que seja votado o atual projeto. Foto: Alina Souza/CP Memória

O novo projeto do governo sobre o Piso do Magistério foi publicado ontem e o líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes (PP), já articulou o acordo para viabilizar a votação da proposta na sessão plenária da próxima quarta-feira. Apesar de ter conseguido o aval de 53 deputados para retirar a matéria original da pauta, o número não pode ser considerado um indicativo ou termômetro do placar relativo ao novo texto.

Isto porque as críticas e resistências eram muitas, mas não significa que as mudanças colocadas em prática, que garantem reajuste de 5,53% para os que ficariam com reposição zero, tenham contemplado a todos os parlamentares. O tema, no entanto, é delicado. A própria presidente do Cpers, Helenir Schürer, afirma que os avanços não foram suficientes, mas que se não houver a possibilidade de mais mudanças, é melhor que seja votado o atual projeto do que nenhum, deixando a pauta para o ano que vem, em função do início do recesso. “Temos mais reivindicações, o governo não dialogou, apenas apresentou a nova proposta, mas não somos irresponsáveis de deixar a votação do aumento para o ano que vem”, disse, em entrevista ao programa ‘Esfera Pública’, da Rádio Guaíba.

Segundo o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, com as mudanças, ninguém ficará sem reajuste. Ele destacou que o aumento médio para ativos passou de 22,5% para 22,7%, e para os inativos, de 6,15% para 7,9%.